Coco Verde e Melancia
Autor: José Camelo de Melo Resende
Autor: José Camelo de Melo Resende
Coco-Verde e Melancia
é uma história que alguém
quer sabê-la mas não sabe
o começo de onde vem
nem sabe os anos que faz
pois passam trinta de cem
Coco-Verde era filho
de Constantino Amaral
morador no Rio Grande
mas fora da capital
pois sua casa distava
meia légua de Natal
Porém seu nome era Armando
como o povo o conhecia
mas a namorada dele
essa tal de Melancia
a ele por Coco-Verde
chamava e ninguém sabia
a ele por Coco-Verde
chamava e ninguém sabia
Então dessa Melancia
Rosa era o nome dela
porém Armando em criança
se apaixonando por ela
para poder namora-la
pôs esse apelido nela
porém Armando em criança
se apaixonando por ela
para poder namora-la
pôs esse apelido nela
Portanto, seu nome é Rosa
seu pai Tiago Agostinho
de origem portuguesa
do pai de Armando vizinho
seus sítios eram defronte
divididos num caminho
seu pai Tiago Agostinho
de origem portuguesa
do pai de Armando vizinho
seus sítios eram defronte
divididos num caminho
http://www.ablc.com.br/popups/cordeldavez/cordeldavez024.htm
História da Princesa da Pedra Fina
Autor: João Martins de Athayde
No Reino da Pedra Fina
Havia uma princesa
Misteriosa, encantada
Uma obra da natureza
Com ela duas irmãs
Que eram a flor da beleza.
Naquela linda princesa
Só era em que se falava
Nesse lugar também tinha
Um pobre que trabalhava
Com três filhos no roçado
Com isso se sustentava
Chamavam-se os três meninos
João, Antonio e José
José que era o caçula
Do tamanho dum bebé
A sua mãe lhe estimava
Nunca deu-lhe um cafuné
Disse o marido à mulher:
- vou trabalhar no roçado
os meninos também vão
pra ajudar-me doutro lado
você cá mate um franguinho
apronte-o, leve-o guisado.
http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/2008/07/literatura-de-cordel_22.html
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5399
Lampião, o Capitão do Cangaço
Autor: Gonçalo Ferreira da Silva
Só a alma luminosa
do homem missionário
ouve a voz interior,
e tendo o dom necessário
faz poesia da seiva
de um caule imaginário.
Poeta não ouve vozes
só com humanos ouvidos,
ausculta a alma das coisas
com diferentes sentidos
para os que não são poetas
ainda desconhecidos.
Este poema que fala
de cangaço e de sertão
é, apenas, à cultura
uma contribuição,
um documentário vivo
da vida do Lampião.
Por ser uma obra feita
à luz da verdade viva,
mostra a face nobre, humana
e até caritativa
de Lampião, se tornando
a menos repetitiva.
http://www.ablc.com.br/popups/cordeldavez/cordeldavez031.htm
A Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara
Autor: Apolônio Alves dos Santos
Já que sou simples poeta
poesia é meu escudo
com ela é que me defendo
já que não tive outro estudo
vou mostrar para o leitor
que o poeta escritor
vive pesquisando tudo
Certo dia feriado
sendo o primeiro do mês
fui tomar uma cerveja
no bar de um português
lá assisti uma cena
agora pego na pena
para contar pra vocês
Quando eu estava sentado
chegou nessa ocasião
um velho pernambucano
daqueles lá do sertão
com a maior ligeireza
foi se sentando na mesa
pediu uma refeição
http://ablc.com.br/popups/cordeldavez/cordeldavez004.htm
Ficou curioso com esses trechos? É só clicar nos links embaixo de cada cordel para lê-los na integra.
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